Mais um capítulo da crise que atinge a Netflix há um mês. Nesta terça-feira (17), a gigante do streaming demitiu 150 funcionários ao redor do mundo, incluindo executivos; a maioria trabalha nos Estados Unidos. O corte desfalca operações da empresa, pois é uma perda de 2% de toda a força operária global da companhia. As baixas foram puramente para enxugar gastos e reduzir despesas.

Em carta enviada à imprensa, a Netflix procurou ser transparente sobre essas demissões: “Como explicamos no balanço do primeiro trimestre, o nosso crescimento desacelerado de receita significa que também estamos tendo que desacelerar nosso crescimento de custos como empresa.”

Infelizmente, estamos demitindo cerca de 150 funcionários hoje, a maioria dos EUA”, continua o comunicado. “Essas mudanças são impulsionadas principalmente pelas necessidades de negócios e não pelo desempenho individual, o que as torna especialmente difíceis, pois nenhum de nós quer dizer adeus a esses grandes colegas. Estamos trabalhando duro para apoiá-los nessa transição muito difícil.”

O que a nota menciona, sobre o balanço do primeiro trimestre deste ano, é a perda de valor de mercado, resultado da fuga de assinantes que a Netflix sofreu no começo de 2022, na casa dos 200 mil. 

A expectativa é que a queda seja pior no atual segundo semestre, com a projeção de perda girando em torno dos 2 milhões de assinantes. A Netflix passa pela pior crise da história e corta gastos onde pode (a tendência é piorar ainda mais antes de melhorar).

UOL/Liberdade FM - Foto - Divulgação